Temos pena. Hoje não.

janeiro 01, 2010

dezembro 31, 2009

E levou-as.
Um sopro de Luz e o Eterno Amor-Próprio levaram-nas.
As penas, leves como o vento, são sempre tão fáceis de voar.
Penas, leva-os o vento.


Deixa o vento soprar.

dezembro 27, 2009

E depois chegavas.
Depois de todas aquelas vezes em que o telefone tocava o som de uma mensagem e não eras tu.
Chegavas e era madrugada dentro. Estava frio, muito frio lá fora e tu, encharcado, tocavas à porta e quando eu abria tu sorrias e dizias que ali estavas há horas, com medo de tocar, com medo de me tocar.
E depois chegavas. Chegavas mais perto, chegavas tão perto que já te sentia e sabia o que nos esperava em seguida, mas tu esperavas e adiavas a entrega que trazias nos olhos, a saudade que trazias nos lábios e o desejo que trazias nas mãos.
E depois chegavas, chegavas tão perto que já nem tu sabias, que já nem tu querias guardar mais essa inútil distância, e sem palavras tomavas o comando das circunstâncias e em silêncio, como tão bem sabes fazer, tomavas-me a mim.
Tu chegavas, por fim tu chegavas.
Mas eu acordei.

novembro 26, 2009

E tudo.

Eu sei.

E tudo o vento vai levar.

novembro 23, 2009

Queria.
Queria muita coisa.
Queria querer-te.
Queria que me quisesses.
Queria o ar, o mar, o fogo, o sol, as estrelas.
Queria as viagens, as chegadas e as limonadas.
Queria estar, ficar, partir, seguir.
Queria escutar e queria ouvir.
Queria, mas mais do que querer desejava.
Desejava amar a querer sempre mais e a sorrir.

novembro 22, 2009

Um dia.
Um dia pode ter sido ontem, hoje ou amanhã. Quem sabe?
Adiar o possível, mantê-lo impossível é talvez brincar com a realidade.
Um dia. Tudo um dia. Talvez um dia.
Um dia que talvez não chegue. Um dia que talvez já tenha existido mas que nunca foi verdade.

novembro 19, 2009

E se eu dissesse que não existimos, que somos uma ficção que ainda nem foi inventada ou o mero capricho de um deus?
Que me dirias? Que é impossivel não existir quando se ama e sofre assim?